Fundamentalismo ou intolerância ao anti Benfiquismo?

 


Temos recebido mensagens de consócios e adeptos, a relativizar a importância da negociação da centralização dos direitos televisivos.


Que já se faz nos 'outros' países, mais 'avançados', como que se a unificação sob uma entidade dos direitos de transmissão, mudasse por si só, a mentalidade do frutabol nacional, supostamente porque se prevê que nenhum dirigente seja estúpido o suficiente para manobrar em surdina, ou desqualificar um campeonato, que lhe traz o dinheiro para as despesas.


Que se as coisas forem bem negociadas, os interesses do SLB serão acautelados, e se aumentará a competitividade. E que assim, não haverá problema de o SLB aderir, colaborando com os seus 'parceiros de negócio'.


Os defensores deste tipo de ideal, começam a escorregar no seu argumento, quando lhes pergunto, se não se importam de receber (e pagar por essa gestão) o ordenado, por uma entidade intermediária entre o banco, a empresa que transfere o dinheiro, e o assalariado.


Pois, o primeiro princípio de autonomia, é a liberdade financeira.

Que o SLB já tem.

A liga do Proença precisa mais do SLB que o contrário.




Nenhum Benfiquista com nível aceitável de sanidade mental, pode negar que no último par de anos, pelo menos, as arbitragens têm sido contra o SLB, e as instituições que regem o frutabol, hostis ao SLB.

Todas as instâncias, incluindo o estado português, com dualidade de critérios em relação ao SLB.

O mesmo estado português que não castiga os apelos ao divisionismo e ao racismo, repetidos em várias estações televisivas a Norte, quer agora forçar o SLB a aderir a uma central de compras, onde o mesmo estado pode facilitar a captação na fonte, de tributo fiscal.


Nenhum Benfiquista com nível aceitável de sanidade mental, pode negar que no último par de anos, pelo menos, os clubes que alguns tomam como parceiros de negócio, têm revelado anti Benfiquismo, inaceitável, em sociedades modernas. Na Inglaterra pós hooliganismo, é perfeitamente normal, dois adeptos de clubes diferentes, sentarem-se onde entenderem num estádio, com adereços do seu clube, sem sofrer qualquer tipo de condicionamento.


Porque lá, não começam as obras pelo telhado.


Pois bem, os interlocutores que sustentam que a centralização vem inaugurar uma nova época, de colaboração e renovação das mentalidades, esquecem-se que eu como outros, nos lembramos do processo Apito Dourado, e que durante algum tempo também vivemos com a ilusão de que o que víramos nos anos 90, nunca mais seria habitual numa sociedade moderna e actualizada.


E chegamos ao ponto presente, o mesmo tipo de interferência e dualidade de critérios, continua presente nos dias que correm. A única coisa que o Apito Dourado fez, foi refinar o nível de ocultação das influências e controlo das instâncias e processos.


O mesmo clube, alguns dos mesmos intervenientes, no foco do Apito Dourado, continuam impunes, a exercer, e mais não fizeram do que estreitar laços com o Sporting, em claras alianças, como centralizaram ainda mais o grosso de equipas da Liga, na sua zona de influência geográfica.



Como a aceitação popular do SLB ainda era avassaladora, utilizaram o pós Apito Dourado, para implementar e reforçar um sentimento generalizado de anti Benfiquismo, mesmo em clubes que no passado, eram relativamente equidistantes a este tipo de promoção de ódio.


Veja-se o caso do Marítimo, com a página oficial do clube a promover claramente, posts de sócios, que desqualificam outros sócios e apoiantes, por não torcerem às claras pelo clube madeirense.


O Benfica, como clube nacional acima de regionalismos, está de há uns anos a esta parte, sob ataque agudo, por via da coacção encapotada, que inclusivé, normalizou a proibição de adereços, que não vemos aplicada de igual forma, a outros clubes.


Não bastando, com a conivência do magistério público, o segredo de justiça é violado e utilizado, com o único intuito de assassinato de carácter a pessoa colectiva.


Todos comem da mesma gamela. Os media vibram com as audiências que lhes fazem ganhar a vida.


Portanto, e porque alguns me chamam de fundamentalista, visando mais reduzir a pertinência da argumentação que apelar a consensos, eu pergunto, como se pode chegar à razão, com pessoas, entidades, cuja sobrevivência apenas é possível com a anulação do SLB, ou com a sua redução a nível anedótico?


Centralizar os direitos televisivos só será bom para alguns.

E não trará os benefícios esperados, mesmo para quem vive no mundo de Pollyana.


A estrutura do futebol é corrupta, a sua substituição total não fará mais do que adiar o retorno das mesmas metodologias e influências.

Quanto tempo acham que duraria uma liga criada ex nihilo, onde SCP e FCP com novos dirigentes, veriam a sua influência ofuscada por um clube demasiado grande para esta mesma liga...o SLB?


Em pouco tempo, se quisessem competir pelo pódio, teriam de recorrer aos mesmos métodos de viciação ou influência de resultados.



Não me farto de repetir, o SLB é demasiado grande, e o futebol em Portugal demasiado pequeno, só possível nestes moldes, apequenando o Benfica.


Ora os que acreditam ser possível esta ou outra centralização, esquecem-se disto, que esta liga, estes intervenientes, são os mesmos de sempre!


Sob a capa da novidade está a mesma banha de cheiro do passado!


Eu não quero investidores privados no SLB.

Mas a única hipótese de reforma, fora uma revolução implacável, era se quase todos os clubes tivessem investidores de fundos financeiros, ou de petrodólares do Médio Oriente, pois só esses exigiriam alguma igualdade de tratamento, já que seria caso de rentabilizar ou não, investimentos.


Alguém acredita que um clube detido por um fundo de investimentos, permitiria impunidade num caso de espionagem industrial ou violação de correspondência?

Algum clube com investidores, permitiria assassinato de marca, ou degradação das condições de acesso ao produto, dos seus clientes?


O desporto em Portugal está na zona do períneo.

Ainda não é propriedade total de investidores, ainda não largou os métodos e intervenientes do passado.


À questão sobre se a defesa do SLB deve ser feita de modo politicamente correcto, só uma resposta é possível.


Fomos conduzidos a uma posição, onde colaborar com quem promove o anti Benfiquismo é tolerá-lo, e em última análise, colaborar com ele.


Devemos ser intolerantes ao anti Benfiquismo.

Não dar a mão a quem nos odeia e ofende, porque a contraparte não merece um tratamento magnânime.


Até porque fingimos viver num estado de direito.




 

Comentários

  1. Nem mais. O Benfica tem de defender os seus adeptos, tem de lutar contra esta discriminação com tudo o que puder.

    A centralização dos direitos televisivos devia estar a dar vantagem nisto: ameaçar sair por causa disto, exigir medidas e regras para que isto nunca mais aconteça e só voltar a estar disposto a negociar (teoricamente... na prática admito que não estaria) quando esta situação estivesse resolvida e acautelada.

    E quem diz esta situação, diz muitas outras onde claramente a imparcialidade e objetividade não existem, apenas a vontade de atacar o S.L. Benfica.

    ResponderEliminar
  2. Concordo na totalidade o Benfica
    não tem nada a ganhar com a centralização dos direitos televisivos pelo contrário é dar de comer a quem nos maltrata uma minoria que domina os clubes
    e que estão identificados com a corja de Contumil, não existe verdade desportiva ,a arbitragem
    continua dominada pela Máfia do
    Fecepe e nem disfarçam a direcção
    tem de levar essa questão dos direitos televisivos a uma assembleia geral extraordinária para serem os sócios a pronunciar-se porque são eles os donos do clube a direcção não pode tomar
    uma decisão sem auscultar os sócios, nunca nenhum governo mandou no Benfica e não será agora em democracia.

    ResponderEliminar

Enviar um comentário

Mensagens populares