Camarada Vasco

 

Vasco Mendonça, Benfiquista, acordou agora para a bananice.

Aliás, muita gente está agora a perceber que os bananas são como os chapéus, há muitos.


Analisando pelas redes sociais, é avassalador o número daqueles que continuam a persistir na ideia de que quem não apoia incondicionalmente o Benfica, é anti ou disfarçado.

Malta que mesmo com 'cursos e canudos' parece estar desprovida da ideia de que criticar direcções e suas escolhas, não equivale a criticar o SLB, tal como criticar a dolorosa remoção dentária, não equivale defender o fim dos dentistas.

Nos fins de ciclo, acorrem aos magotes, a rasgar as vestes com a urgência de se defender, o Benfica.

É estrutural, o português, em geral, convive mal com a democracia, cuja concepção é geralmente circunscrita apenas à súmula dos seus direitos. Nisso a democracia é boa.

Já a parte de respeitar os outros e a sua opinião, seja qual for a mesma...não.


Aqui e noutros pontos da blogosfera, deu-se o benefício da dúvida a Rui. À espera que mostrasse qual o seu projecto e personalidade para o SLB.

Não o fez, navega à vista, e como diz o Vasco, por fezadas.

Rodeou-se dos mesmos, porque lá foi colocado por eles, e para mimetizar o 'sucesso' passado, duas finais europeias perdidas, e uns 7 campeonatos em 20 anos.


É mais que claro, que para governar o SLB não basta perceber de bola, grande mito que a massa adepta das ideias mal amadurecidas, defende.


Como se o mundo do futebol fosse assim tão mas tão mais complexo que exigisse um iniciado para o perceber, em graus de complexidade superior aos dos campos científicos da Biologia Molecular ou Astrofísica.


Ah, mas no Bayern o Beckenbauer... Cesso a minha argumentação. Não vale a pena, a sério.

O CLube é composto por sócios E adeptos. E ambos reflectem a realidade social do país.

Tal como os super dragões reflectem a realidade do clube da fruta. 

Existem excepções, mas essas, apenas se misturam para se disfarçarem, sem se deixarem confundir com uma massa quase acéfala, que oscila apenas entre dois pólos, o nós ou o contra nós.


Saúdo a possibilidade de Manteigas, Galinha, Servir o Benfica, Rui Costa Carvalho, o Noronha, o Rui Gomes da Silva, e outros, avançarem para a direcção do Clube. É bom que existam vários projectos.

Embora ache que Galinha, e não sei em que ponto, Noronha, estarem conotados com um mundo empresarial rapace, o mesmo mundo que colocou Vieira no leme (admitido pelo mesmo, na comissão parlamentar de inquérito, foi lá colocado pelos bancos), que assim controla a maior marca deste país.


O maior poder do SLB são de facto os sócios e os adeptos, que se for preciso passam agruras físicas e psicológicas para satisfazer uma adesão empática que não conseguem explicar. E esses merecem muito melhor, que uma cambada que sabe fazer folhas de excel e pagar ordenados baixos, caricatura de boa parte da classe 'empresarial' portuguesa.


Seria necessário apenas uma característica para potenciar o capital humano em torno do SLB, um indivíduo que não tendo qualidades, um rolha nas palavras parafraseadas de Musil, se soubesse rodear de gente competente. 

E desistissemos deste modelo presidencialista, que faz com que Rui e outros sonhem com a possibilidade de presidenciar o SLB, porque não sabem afastar-se dos holofotes.

Sem comunicação, talvez por esse motivo, para Rui continuar a pensar que é importante num mundo onde surge um mago da bola todos os anos no velho continente.


No passado recente, pré Vieira, o modelo presidencialista cuja epítome foi Jorge de Brito, serviu para meter dinheiro no SLB, mal gerido desde o tempo em que os árbitros eral aliciados com galões e hortofrutícolas. 

Incapazes de lutar na lama, os presidentes do SLB, oriundos do mundo empresarial, afundaram cada vez mais o Clube, ao ponto de desbaratar capital de títulos no futebol, ao ponto de o clube da W52 estar taco a taco.

Damásio veio do mundo empresarial. Vieira, veio do mundo empresarial com o resultado conhecido, googlem 'Obriverca'.


A tesão de mijo com a gestão empresarial, e o mundo implacável dos negócios, é um mito, continuado agora na ideia da necessidade de parceiros estratégicos, sejam Textor, sejam a miríade de fundos financeiros de merda que já tomaram conta de casas pias, estrelas da amadora e quejandos que povoam esta liga onde o frutabol se torna cada vez mais, um negócio sustentado por capitais de risco.


Casos como os do Belenenses vão repetir-se, porque a quantidade de infiltrados que se servem do futebol e do desporto em geral, se multiplicam mais que metástases de cancros terminais, passo o exemplo.

Mais que tudo, é necessário um presidente COMPETENTE e BENFIQUISTA.


Rui e seus muchachos, apenas cumprem, no melhor dos casos, um destes critérios.

Portanto alguém que note ao camarada Vasco, que não se pode deixar o SLB mudar o elenco, apenas em Outubro. O elenco cessante NÃO PODE PREPARAR NEM MAIS UMA ÉPOCA!


Então se admitimos que Rui é de fezadas, vamos deixar que se planeie uma época com fezadas?

Rui não cumpriu boa parte do que prometeu, como por exemplo o centro para os atletas de 'alto rendimento', que os me(rdia) identificaram numa zona onde ele e Vieira tinham terrenos, perdão, investimentos.

Rui tem cometido argolada após argolada, na preparação de planteis, facto que é muitas vezes retorquido com a ideia de que estamos na luta pelo campeonato e na Champs.

Insistimos em tratar por iguais dois clubes em decadência acentuada, sustentados pelos mesmos me(r)dia que preferem notar a conferência de Lage, ou a fabulosa capacidade de venda portista, quando nem há duas semanas se revelou pormenorizadamente, a extensão lesiva dos preços pagos pela porta do cavalo que beneficiaram os comparsas do boi, perdão, do senhor de Vigo.


Nisso ninguém tocou, soube-se pela oposição interna.

No SLB tem de ser cada sócio um voto, e temos de uma vez por todas eleger alguém a quem se ouça o projecto para o SLB. Seja o Manteigas, seja o pão com queijo. Até ao momento, Manteigas e Noronha parecem-me dos mais lúcidos mas sem a máquina de propaganda por trás.


Claramente me inclino para Manteigas, porque desconfio destes empresários, muito.

A 'entrevista' de Galinha, um pseudo candidato a presidente do maior Clube do mundo, desiludiu. Num canal onde foi secundarizado por marretas cumentaristas, foi-lhe permitido abordar uns lugares comuns, onde se nota claramente o estilo pato bravense e cínico, apelando aos mesmos sócios bipolarizados citados acima.

É Vieira 3.0, porque Rui tem prioridade no 2.0.


Mas escutemos argumentos, viremos costas a polarizações, e criemos uma ambiente de cultura democrática, no qual o SLB sempre andou à frente do país.


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