Madalenas arrependidas


 

A reacção última, (mais uma provocação que uma reacção, primeiro ao  SLB, já ontem à filial SCP), em relação à agressividade dos jogadores do outrora grande clube SCP, por parte dos dragões, foi entendida por muitos, como hipocrisia.

Aqui não. 

Aqui interpretamos sempre o 'outro' como um ser com inteligência, cujas acções obedecem a um critério. E à capitalização do ódio para essa finalidade de vitória a qualquer custo.

Encontrado o critério, encontramos a intenção.



O clube mais caceteiro, violento, agressivo, proactivo e pressionante da arbitragem, vir falar em agressividade dos outros, pode de facto ser entendido como hipocrisia.

Mas não é.

Tal como a mentira repetida muitas vezes, se torna realidade, também a ideia de que uma equipa à Porto ser aguerrida, não passa de um decalque da tradição Benfiquista, no seu modelo de jogo e perfil de jogador.

O jogador Benfiquista sempre foi alguém que fez das tripas coração para poder chegar à vitória.

A expressão «15 minutos à Benfica» vem daí mesmo, de uma pressão inicial avassaladora, para ganhar o jogo cedo.

A superação superlativa de cada jogador em cada jogo, foi parte inerente do adn BENFICA, desde a sua fundação.

Isto não é lirismo de self help.

O SLB teve de se fazer emergir, no meio de outros clubes já bem estabelecidos e 'melhor' frequentados.

A arma do povo sempre foi o esforço.

A arma do polvo sempre foi a trapaça e a imitação.


Desde sempre uma grande arma do SLB sempre foi esse dar tudo em campo, que acabou por ser copiado e potenciado com factores extra competitivos, do clube que agora é equiparado em títulos, pelos merdia, ao SLB.



O chamado «jogador à Porto» é um decalque do que sempre foi o jogador à BENFICA, com as costas protegidas pela arbitragem.

A dualidade de critérios, permitida pela corrupção desportiva, foi o que permitiu o 'jogador à Porto' atingir níveis de violência, pressão e trapaça, impossíveis com o esforço inicial positivo, que o jogador do SLB teve de evidenciar para se elevar acima do SCP, Carcavelinhos, e outros.

De há 40 anos a esta parte, o jogador do FCP, não tem nenhuma elevação ou arte, ou desportivismo, na sua pujança agónica, expressa dentro de campo. O FCP tornou-se com Jorge Nuno Pinto da Costa, no ermo capitalista do tudo ou nada, da anulação do adversário, mais do que a afirmação própria.



Para o FCP de PdC, só existe um adversário, não é Lisboa, é o SLB.

Porque sabem que não têm entidade, tudo copiaram do SLB.


O Sporting de Varandas e de Amorim, tenta romper com isso, num anda cá que também levas.

O FCP não está habituado a competir de condições de igualdade, aliás, dificilmente conseguem competir em condições de igualdade.

Quando tal acontece, isto é, quando o árbitro permite os mesmos níveis de agressividade para ambas as equipas, no final dos jogos se queixam dos trauliteiros do outro lado.

Quando monopolizam a truculência, são jogos ganhos à Porto.



Os adeptos comem isto à colher, faz bem ao ego, justifica o suposto mérito desportivo baseado no mérito do esforço.

É engraçado que quando o SLB perde com um Moreirense ou Gil Vicente, se enaltece o hiato cada vez mais reduzido entre grandes e pequenos, mas quando o SLB perde com o FCP, há sempre um quid de mérito e esforço que nunca é justificado senão pela suposta ideia do 'jogar à Porto'.


Não existe 'jogar à Porto'. 

O que existe é um mito, perpetuado pelos tempos, legitimado pela arbitragem.

Esse mito faz os adeptos suspirar por jogadores como o Metié, grandes e encorpados, para poderem fazer evidenciar o físico sobre o técnico.

Porque é a única forma de combater o clube do regime, o FCP, na sua forma protegida e branqueada de jogar...caceteira, implicativa e choradeira. 

O clube do regime, outrora privilegiou o roubo de jogadores identificados pelo SLB, com superioridade financeira (ex. Falcão). Quando as coisas se equilibraram no reinado de Vieira, justiça seja feita, passaram a apostar em jogadores moldáveis, influenciáveis, passíveis de adoptar uma ideologia de 'nós vs eles' aliada a potencial físico.


Por isso é tão cara ao FCP a questão da agressividade 'positiva' e da arbitragem.

Como não me canso de dizer, em condições de igualdade, são sempre inferiores.


Por isso, considero que para o SLB exprimir o apoio popular que de facto tem, tem 2 caminhos.

Ou potenciar a impunidade via arbitragem, ou entrar em campo com a equipa com mais centímetros, quilogramas e talento.

Daqui se compreende a expressão da ideia de que o BENFICA para ganhar, tem de ser MUITO melhor que os adversários.


Sou a última pessoa a promover a violência, no desporto ou em qualquer outra faceta da vida civil.

A minha vida profissional não o permite, nem a minha educação.

Mas, MAS, estou a ver o mesmo filme há mais de 40 anos.

Uma espécie de apropriação cultural vitaminada, do que era o jogador à SLB, e a impunidade fora do campo, de uma trupe que faz tudo para vencer. Mas tudo.

Por cada assomo de proactividade um igual. Por cada dedicação incondicional, duas. Por cacetada, uma de igual categoria. Por cada cuspidela, duas.

O caceteiro só ganha em condições de protecção por parte da arbitragem.

Se levarem de igual forma, e se os dirigentes, protegerem os jogadores admoestados por via de tratamento diferenciado, o campo fica menos inclinado.


Mas alguém aqui, sem ser o Vasco Mendonça, tem medo daqueles gajos? 

Eu não tenho, nem eu sou feito de papel, nem tenho medo de cartuchos. Aliás, peço para me enviarem cartuchos, pois eu envio o chumbo.

Não tenho medo deles, tenho ódio. Sim, confesso, tenho ódio de todos aqueles que acham que condicionam os outros com recurso à violência. Ou às ameaças dela.


Não tenho medo. Nem o jogador à Benfica.

Rejeito totalmente a violência, mas também a hipocrisia da superioridade moral. Ah mas nós não somos iguais a eles. Continuar a pensar assim, é continuar a assinar em branco o cheque da impunidade dos outros.


Os adeptos portistas com quem falo, repetem o mesmo. '-Joguem à bola.'

Como se o sucesso da anterior temporada se devesse a uma superior capacidade de jogar o jogo dentro do campo.

O adepto médio de cada clube, é invisual, às trapaças extra futebolísticas que contribuíram para esse sucesso.

Não vale a pena falar com portistas sobre a dúvida nas vitórias do seu clube protegido.



O ego deles os impede. Identificados com o clube, só vêem o tal 'jogar à Porto' e meritocracia omnipresente.

A única solução é mesmo, mais competência, mais agressividade, fazer como o Tabata ou Matheus Nunes (não me lembro) fez, responder na mesma moeda e sem medo.

E quando se queixarem da 'violência', responder: '-40anosdisto'.



E não temos medo de macacos, orelhas, pidás, abeis, ninguém.

Já que nãos nos deixam ganhar em igualdade de circunstâncias, percam no lodo que promovem.

 


P.S.: Não temos medo de vocês seus bandalhos



Comentários

  1. Parabéns pelo artigo, corresponde na exacta medida de tudo aqui referido aos meus pensamentos!!! Devolver tudo sempre na mesma moeda sem extrapolar nunca em relação á violência!! Força Slbenfica

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    1. Devolver e desmascarar o regime de protecção aos corruptos. Força Benfica!

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  2. Muito bem, o problema são os benovolentes que se abraçam ao velho corrupto, e com esse exemplo tiram toda a legitimidade ao brio benfiquista.

    Viva o Benfica

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    1. O velho corrupto tem carta branca de todos os merdia, pode chamar mouro ao Mauro, bandalhos, e dizer que promove a concórdia, que ninguém lhe chama a atenção para a hipocrisia. Temos de fazer frente a isto, e não é com os eventos sociais que RC tem promovido. Viva o Benfica!

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  3. Clap clap clap.

    Tudo o que acho. Faz lembrar aquelas notícias de observadores da UEFA em jogos no dragão e tal... sempre que aconteceu, a equipa pode jogar com outros níveis de agressividade mais próximas da do Porto e nunca ganharam...

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