E em toda a linha, urge repensar a ideologia instalada no SLB





(exemplo de capitão cuja ideologia era 'antes quebrar que torcer)






 


Nas modalidades, mais uma derrota, com eliminação da competição, às mãos de um dos rivais.


Parece que em todas as modalidades, entramos BORRADOS sempre que jogamos contra determinadas agremiações.



Creio que isto de certa forma, é uma conivência entre todos os participantes na competição, os atletas lucram porque com a mentalidade instalada, perder com os das riscas, é sempre algo dado como possível logo no início das épocas, os dirigentes das modalidades podem sempre argumentar que está tudo corrompido e que por isso fazem o melhor que podem dado o clima, e no final do dia, é o SLB, que alegadamente, com a melhor saúde financeira de sempre, vai perdendo expressão desportiva, deixando a conquista de títulos para plano secundário, optando, e como consolação, deixar filmar e difundir as óptimas condições de trabalho, o cimento, o balneário, o refeitório, a sala de imprensa.

Os adeptos, ou parte deles, a parte mais mole, diga-se, vai para casa depois dos jogos, com uma complacência e paz de consciência decorrentes da ideia de que 'ganhar ou perder é desporto' e não se pode ganhar sempre.


E têm razão em parte, SE E SOMENTE SE, as agremiações desportivas nacionais, honrassem os princípios fundadores do desporto moderno.

MAS NÃO HONRAM!


Digam o que disserem, o SCP e o FCP, mal ou bem, têm um objectivo, uma identidade, feita de forma negativa, mas que ainda assim lhes confere motivação e ambição.


O SLB ESTAGNOU. 

Não temos objectivos além dos exercícios positivos anuais na tesouraria.

Dizemos para nós próprios que são os árbitros (e são), que é a Federação (e é), a disciplina desportiva (claramente), mas gradualmente o SLB vai sendo apanhado em títulos desportivos pela agremiação azul e branca e a congénere idiota útil, verde e branca, remetida a níveis de competitividade assistida, seja no futebol, seja nas modalidades.


Isto é um crime contra o BENFICA, que tem lugar desde Jorge de Brito.

Não somos defensores de posturas taberneiras e violentas, «à Porto» de Pinto da Costa.

De todo.

Mas uma das questões de base neste blogue, sempre foi, como enfrentar o sistema e a sportinguização do BENFICA, quando os nossos dirigentes carecem, ao longo dos anos, da inteligência e combatividade que se exige para defender o Clube?

Como lutar com o porco sem sair coberto de lama?

Ano após ano, é uma oportunidade perdida, de enfrentar até um ponto de ruptura que obrigue as autoridades finalmente a actuar de forma isenta, onde os outros acumulam títulos e reduzem a margem de superioridade desportiva que o SLB ainda vai tendo, mercê de anos e anos de esforço de gerações passadas.

Desde Jorge de Brito, os dirigentes Benfiquistas, com Damásio e Vieira à cabeça, têm depauperado a reserva de Glória Desportiva que o SLB ainda ia tendo. 


Não foi apenas o fecepê dos 40 anos de Pinto da Costa, que conquistou o desporto em Portugal, foi o SLB que desistiu de lutar contra.


Em nada ajuda a mansidão e falta de militância, quer de jogadores quer de massa adepta.

A geração Millenial e Z e wokes e o diabo a sete, vieram trazer a cultura da selfie e da novela sentimentalista para as bancadas da Luz.


Até o imponente estádio da Luz antigo, foi substituído por uma versão comezinha e domesticada, IKEA, mais fácil de arrumar, e com menos capacidade de lotação. 

Disseram na altura que era por causa das contas e da manutenção, e não sei quê. 


Os 'nossos' dirigentes estão na linha da frente no que concerne à subtracção de dimensão do Clube, ao longo destes anos.


Ontem, ante o espectáculo proporcionado por um dos maiores caceteiros, e um treinador que num campeonato a sério teria sido irradiado, o SLB nem uma newsletter publicou desta vez.

Tomamos como natural e inevitável a diferença de ruído que ocorre diariamente, semanalmente, com as desulpas que eles são assim, que está tudo inquinado, e que não podemos ser iguais.

Vamos enchendo o papo de vitórias morais, sem lutar frontalmente contra o que criticamos e é de facto inadmissível em países de primeiro mundo, perdendo expressão desportiva, e nunca conseguindo lutar nos mesmos moldes.

Nem acabamos com a vergonha nem aprendemos a usá-la. Está assim o SLB manietado pela ingenuidade dos seus directores, da placidez dos seus adeptos, e colaboração das entidades desportivas onde temos presença cordata e residual.


Os adeptos e dirigentes continuam a justificar a sua falta de carácter, com o 'não podemos ser iguais a eles'. E concordo. Mas se as autoridades são corruptas, e se não agem (um candidato zbordinguista gabava-se de ter magistrados da nação na sua lista) eu pergunto: como saímos deste nó górdio, senão rebentando com ele?


E agora é o momento ideal, pois ainda vamos à frente.




Num dos melhores momentos televisivos, de que não dispomos de imagens (algum leitor que as disponibilize se as tiver, por amabilidade) , Diamantino Miranda, relata como nos idos anos 80/90, os jogadores no plantel tinham um núcleo duro, onde os recém-chegados tinham de merecer muito para chegar, fosse no pelotão da frente dos aquecimentos, fosse na postura exigida em campo.


De há uns anos a esta parte, os capitães do SLB têm sido ou um tipo que todos os Verões ameaçava ir-se embora se não lhe pagassem mais, ou o Almeida/Pizzi que apenas o eram, por questões de antiguidade.

Trabalhar no SLB tornou-se numa carreira, que paga um pouco melhor que trabalhar num call center, e ainda permite obter as atenções femininas e a Playstation do novo modelo assim que sai.


Quem viu Humberto Coelho, Veloso, olha para as equipas do SLB recente, e não pode senão ficar em silêncio.

Não há chama, não há paixão, não há sacrifício de superação em torno do Clube.


Os atletas esforçam-se e por certo detestam perder. Mas falta algo mais.

Perdemos a chamada 'mística' com a transformação social ocorrida essencialmente na capital, e o aburguesamento da massa adepta retirou níveis de exigência normais nos anos 80. Por isso é de considerar que o verdadeiro Benfiquismo, o mais militante, está fora de Lisboa, o que se comprova semana após semana.


Nas tv's, os comentadores afectos ao SLB, são pagos para representar um papel alheio ao interesse do SLB, promovendo a sua imagem em alinhamentos onde estão sempre em minoria e com parceiros a quem é permitido tudo sem reparo, como no futebol.


Temos de continuar a perguntar, se neste caminho, estamos à espera que Pinto da Costa saia, para que algo mude. 

Nada vai mudar, pois não só continuará o mesmo estado de coisas, como será esta batalha a única na história do SLB, em que perdemos por falta de comparência.







Comentários

  1. Finalmente um grande post que devia ser lido por TODOS responsaveis do clube desde o Presidente, dirigentes, todos os treinadores e atletas que estão no clube. É exatamente isso como dizes. Tem que se mudar a mentalidade de todos principalmente quando se joga em qualquer modalidade com o clube corrupto do Norte. Assino por baixo e sim se todos fossem como o nosso António Veloso e Humberto Coelho estariamos muitos melhor, não tinhamos estas continuas vergonhas em todas as modalidades.
    Parabens grande post

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    1. Totalmente de acordo. Veja-se o que se passou com a eliminação da nossa super equipa de futebol feminino às mãos do Famalicão (que para o campeonato levou 8 sem resposta) a mais que plausível perda no vólei, basquete e futsal, para nos interrogarmos sobre qual a valia das respectivas equipas técnicas na preparação das fases decisivas, em que de favoritos passamos a ser um brinquedo para os adversários. É só a arbitragem ?

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  2. Grande post! Assino por baixo. Dirigentes e capitães que os têm no sítio lideram, pelo exemplo, os adeptos e os companheiros de equipa, e mostram como se deve lutar contra porcos, corruptos e sapos. Diamantino, Veloso e Mozer foram grandes capitães dos tempos mais recentes. Não percebo como não têm lugar na "estrutura" do Benfica. Ou talvez até perceba. No caso do Mozer foi porque teve a frontalidade de dizer, após um Setúbal-Benfica em que o Luisão andou à pancada com o Katsouranis em pleno campo, que um capitão NUNCA pode ter uma postura como aquela. Alguém tem de incutir mística, valor e esse "antes quebrar que torcer" nos miúdos das equipas de futebol mais jovens quando jogam contra os porcos - para não falar da equipa principal. Aos três nomes que referi acima outros se podem juntar. Mesmo não tendo sido capitães. Vítor Paneira, por exemplo - que acho que chegou a ser capitão. Saudações Benfiquistas.

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