José Calado e 2 cartilheiros de superior qualidade


 O jogador Taremi brinda mais uma vez todo o espectador do frutabol nacional, com uma simulação de penalidade, que foi assinalada. Chama-se a isso, 'cavar um penalti'. 


A sua contribuição para a verdade desportiva é lixiviada por toda uma comunicação social que sustenta que tais simulações fazem parte do jogo.

Não bastando isso, os meios de comunicação estão inundados de gente que fica a dever muito ao banco do carácter, e que só têm lugar para aparecer e brilhar, se o lodo do frutabol nacional, nunca se desenvolver além do que é agora, um lodo.


O ex árbitro Marco Pina diz que a penalidade sobre Taremi foi grosseiramente cavada. Em stereo, e com a permissão da pivot da CMTV, leva com dois comentadores em ataques ad homine conjugados com argumento da autoridade.

Tu nunca jogaste à bola, é um ataque ao Taremi, respeito todas as opiniões menos a tua, etc.


Mais do que a diferença de opiniões está o trabalho concertado entre os vários paineleiros do lodo que também é este tipo de lixo televisivo.

Em conjunto operam uma espécie de gaslighting

Estes comentadores, neste canal em particular, são autênticos agentes de lobotomização de quem quer que assista a estes programas, movido ou movida pela facilidade com que se retiram descargas de oxitocina em virtude da polarização emocional que os mesmos promovem.


Onde o apelo à emotividade triunfa, o debate racional retira-se.


O baixo nível destes programas é proporcional ao interesse pelo fenómeno que os mesmos revelam, o de os indivíduos oscilarem de acordo com estratégias de manutenção e obtenção, ou de estima ou de promoção pessoal, rodando eles todos pelas diversas variações do mesmo programa, pois são todos os programas, o mesmo.


O José Calado é uma interessante, ainda que triste, personificação deste aviltamento de personalidade nos indivíduos.

Para manipular todos de forma a que pensem que é isento, escolhe momentos em que tem compromissos com Deus e com o Diabo, como objecto rapace do vento, constrói a sua personagem nestes programas, de forma bem sucedida, tendo em conta a sua longevidade nos mesmos.

Neste caso, diz que é um lance que depende da interpretação do árbitro. #40anos de interpretações.

Não fosse a espongidade lombar regular do Calado, seríamos forçados a dizer que não é imune ao estilo truculento do Rodolfo, aliás, congruente com o seu estilo de jogador. O Rodolfo fala mais alto que os outros, insinua e aqui e ali lança umas ameaças veladas. Usa e abusa da promoção da sua própria frontalidade e pureza de carácter, e consegue colocar os intervenientes em sentido no caso de terem ideias opostas à dele.


Marco Pina, podia ter respondido com lisura e acutilância ao Rodolfo. Mas outro compadre veio em seu auxílio, numa aliança tão velha como táctica.


E aqui vemos uma metáfora do que tem sido o desporto em Portugal. Um Benfica Calado e situacionista, e os anti Benfica irmanados na actividade de fazer levantar cada vez mais sedimentos na coluna de água. 



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