O maior promotor de ódio étnico e geográfico nesta república das bananas, apresento-vos o senhor Pinto da Costa

 

Ponto 1

A isto acresce:

- A maior parte dos treinadores da liga portuguesa, não são oriundos de clubes/regiões do Centro e do Sul do país, não tendo feito formação nos clubes dessas regiões;

- a sede da Liga de clubes;  

-o centro de estágio dos árbitros;

Outra realidade:

- o ódio pelo Jamor não passa de um ódio regional a Lisboa.

O facto é que o clube do senhor Jorge Nuno, não consegue mobilizar a mole popular que o Sport Lisboa e Benfica consegue, e que por isso, sob a desculpa de má fé do 'centralismo', tente falsear este esmagador apoio popular, levando as competições para áreas onde é mais fácil que os adeptos do FCP, afluam.

O azar dele é que os Benfiquistas estão em todo o lado.

Só para se ter noção, nos últimos 22 anos, a Supertaça foi disputada 12 vezes em Aveiro, que como todos sabemos, faz parte do papão centralizador Lisboeta, 4 vezes em Faro, 2 vezes em Leiria, 1 vez em Setúbal, Vila do Conde, Coimbra e Guimarães.

Portanto, este caro cavalheiro, ou teve um lapso compreensível para a sua vetusta idade, ou é notoriamente desonesto intelectualmente, pois a seguinte afirmação não faz sentido algum, por ser falsa:

««Num país estupidamente centralizado, é um raro motivo de satisfação verificar que um importante título de futebol vai ser discutido em Aveiro entre uma equipa do Norte e outra do Centro.»


Ponto 2


Mas o brindar acrítico de lugares comuns continua:

« Goste-se ou não, é o futebol que permite aos políticos, muitas vezes, aparecerem publicamente e a associarem-se a sucessos para os quais não contribuíram, mas que tentam capitalizar em popularidade.»


Relembro recentemente a consternação por causa da presença de António Costa nas bancadas da Luz, em particular, com o apoio dado a uma recandidatura de um antigo presidente.


Mas o senhor Pinto da Costa só poderia estar-se a referir a Rui Moreira, Nuno Cardoso, Fernando Gomes, Valentim Loureiro, Luís Filipe Menezes, e outros políticos que misturam de forma inacreditável, o que deve estar separado, futebol e política. A mistura de ambos origina um fenómeno conhecido por 'Frutabol'.

Nuno Cardoso



Nuno Cardoso

Nuno Cardoso


Fernando Gomes


Fernando Gomes

Fernando Gomes

Luís Filipe Menezes


Luís Filipe Menezes


Luís Filipe Menezes


Luís Filipe Menezes


Rui Moreira




Rui Moreira


Rui Moreira


Não se pode dizer que o senhor Nuno Pinto da Costa e o clube a que preside, não tenham lucrado com esta capitalização criticada, pois observamos uma espécie de simbiose, entre ambas as esferas, a política, e a do frutabol.

A conclusão imediata é só uma, tirando Rui Rio, na política da cidade do Porto, só é possível florescerem adeptos do Futebol Clube do Porto.

O que não deixa de ser, por si só, uma espécie de centralismo. 

Por mais que Luís Filipe Menezes diga que é sportinguista, favoreceu como ninguém, o Futebol Clube do Porto... quando foi autarca de Gaia.


Ponto 3

«(...)é o futebol que muitas vezes está na linha da frente das lutas contra muitas injustiças, nomeadamente as que provocam desequilíbrios insustentáveis entre os diferentes territórios do país»


Veja-se o ponto número 1, e os Censos 91, que enterraram a regionalização.

Continua a ser papagueada esta conversa das assimetrias. Para redução das quais, o Futebol CLube do Porto em nada participa, no campo do Frutabol, pois, se não houvesse um surto de hipocrisia, o senhor Jorge Nuno, não contrataria os melhores jogadores das outras equipas, para manter a competitividade das mesmas.

Mas os clubes pequenos precisam de dinheiro, então o senhor Jorge Nuno pagaria a pronto, e não a prestações.

Mas nenhum clube português pode pagar a pronto. O Sport Lisboa e Benfica não pode de certeza, pois sempre que é clube interessado em algum jogador, o preço inflacciona em relação a outros clubes.

Em Portugal não compensa pagar atempadamente.


Ponto 3

«Um FC Porto-Tondela disputado em Aveiro é mais uma prova de como o futebol pode estar à frente e dar um exemplo de democracia num país em que esta ainda não se cumpre plenamente. Ao contrário do que muitos gostariam, a democracia não se esgota nas eleições. Portugal só será plenamente democrático quando houver igualdade de oportunidades para todos os cidadãos em todo o país. »


Não podíamos estar mais de acordo.

Igualdade de oportunidades, igualdade de tratamento e igualdade de direitos.

Igualdade de direitos:

Yuran comete homicídio por negligência, se não fosse jogador de futebol, teria cumprido pena?

Igualdade de tratamento:

Sónia Carneiro é uma pessoa imparcial.


Igualdade de oportunidades:

Abílio Urgel Horta foi presidente do FCP em 1928-1929 e de 1951 a 1954. Foi depois disso, deputado da Assembleia Nacional, em mais um curioso exemplo de mistura entre bola e política.

Foi o responsável pela inauguração do Estádio das Antas em 1954, a 28 de Maio,


Durante o seu mandato, a 13 de Março de 1928, o seu clube ganha o estatuto de utilidade pública desportiva.  Feito que demoraria a outros clubes, muito mais tempo, 32 anos depois... Mérito? Como defendem os adeptos do FCP? Ou Ligações ao poder político da altura? Não interessa, o que interessa é que o clube do senhor Urgel, obteve uma vantagem antes - e de forma privilegiada - em relação aos outros.


Pelas fotos acima, podemos verificar, que a conversa de clube do sistema é um modus operandi já muito antigo, a saber, acusar os outros de procedimentos próprios, de modo a inviabilizar críticas sobre os mesmos. Esse e a repetição das mentiras até que se tornem...'verdades'. O Miguéns explica isto muito bem e detalhadamente.

Isto para não mencionar, o FCP ter sido, nos anos 40 do século passado, salvo de descer de divisão...pelo regime.

Já na altura, o regime estava refém do circo que é a bola.

Ponto 4

O senhor Jorge Nuno, é desde há quarenta anos a esta parte, um dos maiores promotores de ódio regional, divisionismo, e de uma espécie de xenofobia regional no sentido em que se apoia de forma rudimentar e com variações situacionistas, nos ditos de Basílio Teles, escritor de finais do século XIX, e no já muito debatido problema da sociologia e antropologia portuguesas em torno do carácter de uma suposta dualidade entre Norte e Sul.

Basílio era um intelectual republicano da cidade do Porto, que conhecia bem, e pouco mais.

Vive numa altura de crise, com emigração generalizada para o Brasil. Testemunha a questão do ultimato inglês, e com muitos outros, propõe-se analisar a causa da decadência do país, e propostas de reforma.

Para ele, Portugal dividia-se entre um Norte muito produtivo e um Sul atávico, latifundiário, e refém da monarquia.

A solução seria invadir e expropriar o Sul, metendo nele, gente do Norte.

Oliveira Martins já havia proposto algo semelhante. O apogeu das Descobertas que confirmam a elevação de Lisboa ao palco global, é visto como o início da decadência, de um sistema preferível, iniciado com a Reconquista, onde uma nobreza guerreira e agrícola, mantinha a pureza histórica da nação.

Para ele, o Norte de raíz galleciana, guerreiros e agricultores, opunha-se ao Sul de populações arabizadas. O Norte fez Portugal, e o Sul desfez.

A Norte agricultores, a Sul, comerciantes, como eram os mouros. A Norte arianos, a Sul semitas (veja-se a obra O problema Agrícola de 1899). 34 anos antes do Adolfo ser Chanceler na Alemanha.

«[...] se [alguém] perscruta o sentido

verdadeiro deste grande facto histórico, concluirá que se resolve na primeira e violenta reacção do espírito semitisado do Sul [...] mais culto, vivaz e imaginativo, mais flexível e político, e por isso, mais aparentemente progressivo e mais largo, contra a alma das populações arianas do Norte, menos culta, imaginosa e versátil, e, portanto, à primeira vista, estreita e lenta, mas, em compensação, ingénua, poética e reflexiva, impregnada de amor à natureza e ao solo...(...) Ponha-se, em vez de Lisboa, o Cairo ou Bagdade, e navios em lugar de dromedários, e o simile será perfeito: a mesma enormidade e a mesma inconsistência, a mesma rapidez na conquista e a mesma fulminante derrocada, o mesmo espírito religioso e o mesmo vício mercantil»(Teles, 1901, pp. 19-20)

A antropologia já desmontou por completo estas fantasias. Pedroto bebeu daqui e passou ao senhor Jorge Nuno, toda a cassete que hoje é escola.

O senhor Jorge Nuno, como outros, limitam-se a repetir acriticamente, prosápia anterior à Implantação da República, baseada em pressupostos racistas. Não inventaram ou descobriram nada. Utilizaram apenas o racismo, a discriminação e o ódio, na actividade que escolheram e que de tanto ser repetida, é tida pelos seus adeptos, como verdade insofismável.


Desta forma, a repetição ad nauseam do mote do centralismo de Lisboa, da opressão do Norte, do carácter de superioridade genética das gentes do Norte, não passa da apropriação dos motes fascistas e racistas que inspiraram a formação do Estado Novo, com a finalidade de inventar um inimigo comum e inexistente para arregimentar a massa adepta mais fanática, perpetuar-se no poder, e exercer coacção no Estado Português, que só tem tido intérpretes fracos e sem carácter, visando obter uma margem de impunidade perante as únicas instituições com autonomia e meios para garantir a investigação e exercício da justiça civil e desportiva, as instituições do Estado.

Passando ao lado da questão da impunidade, o futebol e o organograma partidário,são os maiores agentes de corrupção do país.

O sucesso desportivo do FCP depende apenas da capacidade de manter esta situação de excepção. A força do FCP do senhor Jorge Nuno é a mais evidente expressão da fraqueza da República Portuguesa.


Isto não é dramatismo, os políticos ou os ambiciosos sabem que o caminho mais rápido para uma urna eleitoral vitoriosa, é através dos meandros do futebol e da cultura de uma mão lava a outra, que perpassa adeptos e dirigentes.  


Mas mesmo que esta palermice fosse 'verdade', a Constituição da República Portuguesa no artigo 13º, é bastante clara: 

1. Todos os cidadãos têm a mesma dignidade social e são iguais perante a lei. 

2. Ninguém pode ser privilegiado, beneficiado, prejudicado, privado de qualquer direito ou isento de qualquer dever em razão de ascendência, sexo, raça, língua, território de origem, religião, convicções políticas ou ideológicas, instrução, situação económica, condição social ou orientação sexual.


Ou seja, é proibida a discriminação racial, étnica, geográfica. 

O maior incendiário do desporto nacional, não é chamado à atenção pelo Ministro do Desporto ou por outras instituições do Estado, porquê?







O que vale é que estas figuras, com a cobertura do Estado, deixam de ter lucidez para analisar o próprio discurso. Em entrevista recente, o senhor 'irónico' além da discriminação rácica encapotada, menciona de forma desnecessária, a entidade patronal de Mauro Xavier.

Fá-lo, claramente com intuito de pressionar a mesma a condicionar o referido comentador.

Quem se mete com o FCP leva, parece ser a mensagem a retirar daqui. Há inúmeras destas mensagens, neste clima bafiento, onde o que parece não é, e onde todos fingimos que não vemos, ou vemos mas não podemos provar. 


O discurso é de ódio, é de bocas rasteiras, que os media continuam a branquear como 'ironia'.

Só me pergunto, porque é que o Estado Português, tão rápido a condenar casos de racismo no desporto, permite que esta 'ironia' passe impune, há 40 anos. Parte da resposta passa pelo ponto 2.


Não há que ter medo desta gente e há que expor frontalmente todas estas ligações, insinuações e aparências.

O SLB precisa de um director de comunicação, mais ainda que de outro médio centro. Alguém a quem a Microsoft não possa despedir.


Até lá, vamos continuar a brincar, ironicamente.






Comentários

  1. Falta acrescentar o actual presidente do PSD, o Montenegro, que pertence ao conselho superior do clube corrupto.
    E as homenagens e almoços na Assembleia da Republica com gente de varios partidos.
    O homem não deixa de ser um optimo manipulador, seguidor incondicional de Goebells e um excelente leitor de Maquiavel.
    O medo, como demonstrou Hitler na forma como chegou ao poder, é uma força muito eficaz para remover obstáculos, condicionar pessoas e moldar opiniões. Manuel Mota que o diga.

    Se o Apito da Costa é uma doença, o Pedroto foi o virus que o infectou, e os Super Cagões são as camisas negras do regime , um bando de criminosos impunes, que merecem destaque na Comunicação Social, que se dedicam há anos a espalhar terror pela noite do Porto, a vender e traficar, sob o beneplácito, apoio e admiração do chefe do clube corrupto.

    Como bem disse o Valdemar na BTV, uma corja!

    Viva o Benfica.

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