A resposta falhada de Mauro Xavier


 

 

Bem sei que Mauro Xavier tem de ter cuidado nas palavras, quando diz o que pode e não o que quer dizer.

 

Mas Mauro tem deixado que outros imperativos tirem assertividade à sua lógica na expressão, que tinha mantido até aqui.

Um deles é o deixar-se deslumbrar com o mediatismo. É fácil de ver, os sorrisos envergonhados que não consegue esconder, quando os outros paineleiros dão a entender que faz parte deles, da comunidade de paineleiros, que é de alguma forma ‘gente importante’ como eles.

Ao Mauro, falta a noção de que o mediatismo é um meio e não um fim. Tal como ao Vasco Mendonça, ou a qualquer anónimo que comece a ser reconhecido na rua ou interpelado por colegas no trabalho, em virtude desse mediatismo.

 

É humano, e não pode ser censurável. Mas precisamos de gente mais espartana neste tipo de programas da treta, que teimam em subsistir.

 

Alguém que diga ao Mauro, que salvo muito raras excepções, os companheiros paineleiros afectos ao FCP, são uns sonsos, que copiam o estilo cobarde do seu mestre, Darth Costius.

Aníbal Pinto e Nuno Encarnação, por exemplo, com diferentes níveis de tabernismo, são incapazes de dizer uma frase sem mandar bocas ao SLB.

 

Bocas, innuendos, indirectas, provocações.

Tal como Darth Costius, que sofre desde há 40 anos um branqueamento dos media, incompreensível, a não ser que nos lembremos do tratamento que dão aos jornalistas na Dragonstar.





Como é possível que na comunicação social, se diga que Darth Costius manda ‘farpas’? É porventura Ramalho Ortigão? Compara-se a ele? Como é possível que digam que usa de ‘ironia’? É por acaso aquilo que diz, da mesma natureza do Sócrates platónico?

 

Darth Costius nunca mandou nem farpas nem usou de ironia, foi sempre um provocador cobarde a mandar bocas e a incentivar ao ódio no desporto em Portugal.

Elaborou e difundiu com Pedroto, a ideia divisionista do Norte contra o Sul, forjou uma mentalidade do nós contra eles, como forma de ‘animalizar’ jogadores de futebol que se tornaram em truculentos agentes desse mesmo ódio. Chama-se isto ‘jogar à Porto’, que claro, só é permitido ao FCP, pois os outros clubes são por isso penalizados, se jogarem igual.

Darth Costius é um cobarde, pois não diz claramente nada, manda bocas, que os media lixiviam como ‘fina ironia’.

Pretende duas coisas com isto, entreter todos os que o apoiam, e passa a imagem de senador Palpatine, de compostura egrégia e bonomia a toda a prova.

Mesmo que veja um jornalista, por exemplo, a ser agredido a menos de 3 metros de si.

Darth Costius é uma personagem que subsiste há décadas, capitalizando no ressentimento e complexo de inferioridade/superioridade dos seus apoiantes. É alguém que depende da capitalização das emoções dos outros, parasitando-as.










1)

Mauro aponta e bem, a intimidação decorrente, mas peca em dizer que ela não se aplica no século XXI.

Também não se aplicava nos anos 90, e no entanto as instituições portuguesas, foram, como é apanágio, colaboradoras complacentes, com essa impunidade que evitou nos tempos de Salazar que o FCP descesse de divisão. O regime precisou, como precisa, do FCP forte, pois é uma óptima maneira de canalizar o ressentimento dos adeptos para longe das responsabilidades estruturais desse mesmo regime.

Enquanto houver esta ficção divisionista, é canalizada qualquer promessa de revolução ou melhoria cívica.

Não é só Pinto da Costa que promove o ódio e vive dele, é também o sistema político português, e por isso se explica a elevada percentagem de membros dos sucessivos governos, nas bancadas presidenciais dos estádios.

Deste ponto de vista o FCP de Darth Costius, é o clube do regime.

E para o ser, tem de ser impune.

 

2) Mauro comete o erro comum de achar que o FCP é o clube representativo do ‘Norte’, quando nem é certo que o seja na própria cidade do Porto.

O FCP nem é o clube representativo do anti Benfiquismo, pois divide esse epíteto com a sua filial verde na 2ª circular.

O Benfica tem de assumir a cidade do Porto como uma capital do Benfiquismo e obliterar essa propaganda divisionista de uma vez por todas. Um bom começo é ser intransigente com as autoridades portuenses no que concerne aos festejos nos Aliados, vedados à lei da pancada e da coacção, há anos, aos Benfiquistas da cidade do Porto.

É inadmissível que a violência, ameaça e coacção, sejam permitidas pela PSP do Porto, que a bem da ordem pública, segrega Benfiquistas, em clara desigualdade de direitos, para com adeptos de outros clubes.

 

3) Como é possível dizer que se adora e respeita o FCP, não o confundindo com Darth Costius, quando há 40 anos que só conhecemos essa osmose, em vias de se perpetuar, pois desde Fernando Gomes a Rui Moreira, verificamos que o ódio divisionista flui forte no discurso desportivo e político, por aquelas partes?

Quantas vezes não vemos estes líderes sem carácter a mencionar o ‘centralismo’ e outros derivados da doutrina pedrotiana, para ganhar apoio nas falanges de população com idade de voto?

Alguma vez a cidade do Porto poderia ter um autarca lisboeta, como Lisboa teve um Presidente oriundo do Porto (Fernando Medina)?

Nunca.

Como trata a comunicação social esta cultura de divisionismo, insultos e vitimização? Da mesma maneira que trata a ‘ironia’ do instigador e manipulador mor.

Existiu pelo menos uma excepção, com carácter, a este estado de coisas. Rui Rio. Nunca se ouviu dele uma repetição deste tipo de discurso, e não é incompreensível como entrou em ruptura com algumas instituições portuenses.

Portanto, Mauro, se bem que o FCP não se confunda com a cidade do Porto, não deves ter medo de dizer que o clima de ódio fomentado, é responsabilidade de parte da população dessa cidade.

Cada vez que identificares Darth Costius com o Porto, estás a cair no jogo dele e a ser participante sem consciência, na promoção do ódio.

 

4) Da mesma forma, não deves confundir cumplicidade de paineleiro com amizade ou estima genuína. Quando a defesa do clube de cada um passa pelo ataque sistemático ao clube dos outros, não podes ver isso como mera tentativa de desestabilizar. Quando vês as insinuações, a conivência e até apoio dos discursos cobardes, como é que é possível que não consigas conter os sorrisos e brincar com gente sonsa? Dá a sensação Mauro, que não eras muito popular na escola e estás desejoso de fazer amigos.

O senhor Aníbal Pinto, repetidas vezes profere ameaças veladas, uma das quais a Vasco Mendonça, dizendo ou que ele não tinha barba, que tinha de comer muito, ou que lhe podia dizer x ou y pessoalmente.

Pelo caminho está sempre, constantemente, a laborar no que seja possível, para prejudicar o SLB. Se dizes que defendes o SLB, como podes tu amigar-te com quem o ataca? Com quem diminui outro chamando-lhes ‘rapazinhos’?

É notório que queres manter uma postura polida, mas voltamos à questão levantada aqui neste blogue, não é possível nadar na lama e sair limpo.

5) Como podes deixar passar em claro, a boca reles de uso da palavra ‘Mouro’ contraposta a ‘Mauro’?

És como os media, que chamam a isto ironia?

Ou achas isto uma triste afirmação xenófoba, racista e de incitação ao ódio, como toda a gente deveria achar?

É engraçado que quem usa o termo ‘mouro’ para insultar outros, acha que o mesmo é tão característico como trocar os v’s pelos b’s. Ou de que o ‘norte’ tem o monopólio da honestidade e frontalidade.

O ‘norte’, não passa do sul da Galiza. São os mouros dos galegos. Deve isto constituir um insulto? Qual é o problema em ser mouro? Que se saiba, os mouros só deixaram uma bolsa de ‘puros’ cristãos nas Astúrias, e portanto o ‘norte’ é tão mourisco como o Sul. Esta ‘teoria’ já foi desmontada há anos, mas continua a ser repetida.

Portanto não deverias ter considerado a ‘ironia’ como qualquer coisa de pessoal, mas como a confirmação da provocação de ódio #40anosdisto.

 


6) Os bullies só exercem, por impunidade e falta de resposta. Sou contra a violência, mas sei que é uma linguagem. Por vezes, a única que os bullies conhecem. Não há que ter medo deles. Há que responder na mesma moeda, já que não existem entidades estatais para repor a igualdade de cidadania neste aspecto.

Se bem que a fasquia da violência está alta, como se viu recentemente  no impune episódio dos festejos em frente ao Dragão.

 

Mauro, não durmas com o inimigo.


Comentários

  1. Até simpatizo com o Mauro, ao contrário de outros (vascos e que tais), sinto que tenta mesmo defender o Benfica.
    Mas acaba por cair no erro que cai toda a comunicação do Benfica. Embrulha-se tentando falar muita coisa, desculpando-se a meio, perdendo-se a mensagem.
    Uma boa comunicação deve ser simples. 3/4 pontos, muito assertivos a colocar os pontos nos iis, sem receios. Se não quer ser processado, não precisa dizer o nome que toda a gente saberá de quem está a falar.
    Agora não pode dispersar demasiado os seus argumentos, sob pena da mensagem não passar. Ao ser muito longo, depois escolhem as frases que mais lhes convêem.

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    1. O Mauro costuma fazer isso, mas com o tempo os anibais têm amolecido o seu foco, com fingimento de cumplicidade e amizade.O Benfica está muito mal de paineleiros.

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