Mais uma conspiração racista e colonialista, a Argentina como campeã do Mundo
Venceu o futebol técnica, sobre o futebol força?
Algum dos jogadores franceses é tosco, tecnicamente?
A selecção francesa mostra duas coisas, que não têm pudor em naturalizar ninguém, só o resultado final interessa. Mostra também que ou os brancos deixaram de saber jogar à bola na terra das baguetes, OU o império francês seca África, e os países de origem, dos seus melhores jogadores.
Onde alguns vêem inclusão, vejo eu o desvirtuar da selecção nacional enquanto conceito.
Para mim o preto é igual ao branco e o branco igual ao lilás.
Não me interessa a cor da pele.
Mas interessa-me a representatividade. Na Argentina existem cerca de 150 000 descendentes de africanos, para 40 milhões de pessoas.
No Brasil, é mais de metade da população.
França chega a uma final com uma equipa de 'africanos' naturalizados. E por 'africanos' denoto grandes jogadores de todas as partes do continente africano e de algumas colónias francesas.
O efeito sinuoso disto vai além do despojamento de valor futebolístico das selecções africanas.
Em nada difere da rapina do grande continente, no século XIX, por quase todas as potências europeias.
Só que agora é feito de forma agridoce, compram por tostões e naturalizam.
A França continua a ser uma selecção de hipócritas e colonialistas.
A Argentina viu-se e desejou-se para vencer.
A diferença física entre ambas as equipas foi abissal.
Ganhou a vontade, o sacrifício e a técnica, liderada pelo melhor jogador da sua geração.
O SLB (mais)* tem dois campeões mundiais no seu plantel.
(correcção, Draxler também é campeão do mundo...Tal como João Mário e Rafa são campeões europeus)
A Argentina mostra que miúdos de 20 anos podem contribuir decisivamente para o sucesso desportivo.
A Argentina mostra que uma equipa etnicamente homogénea, pode ser campeã do mundo.
A Argentina mostra que a força mental em alta competição é decisiva.
A França apenas falhou nas penalidades.
Com poderio físico e técnica está-se sempre mais perto da vitória.
No SLB continuamos a contar demais com jogadores como Rafa e Grimaldo.
Parabéns a ambas as equipas.
Atenção meu caro, pois dos jogadores que jogaram a final, apenas Camavinga (nasceu em Angola) e Thuram (nasceu em Itália) não nasceram em França.
ResponderEliminarBoa parte são filhos ou netos de emigrantes, sim, mas estão longe de ser naturalizados como pepes, otávios, decos e liedsons, pois ao contrário destes, os franceses quando acabarem a carreira, até por terem crescido em França, continuarão a viver em França, já os "portugueses", enfim.
Parece-me a mim bem mais legítimo jogadores que nasceram no país representarem essa selecção. *podes confirmar aqui link.
Caríssimo: Danilo Pereira nasceu em Bissau. Pepe nasceu no Brasil.Diogo Costa nasceu na Suíça. Otávio nasceu no Brasil. William de Carvalho, Angola.Matheus Nunes nasceu no Brasil.Raphael Guerreiro nasceu em França.Só assim a priori, 7 jogadores que não nasceram em Portugal. Griezmann é neto de portugueses, pelo lado da mãe.Mandanda, nasceu na RD Congo. A questão da legitimidade é complexa. Por exemplo, França tem por alto, 5 milhões de habitantes não caucasianos. Tem cerca de 62,5 milhões de habitantes, talvez caucasianos (fora a percentagem magrebina e de outras proveniências). No entanto, em 25 jogadores da selecção deles, têm 15 jogadores não caucasianos, ou melanóides, para os restantes 10. Ou seja, mais de 50% da equipa, não reflecte a maioria da população (a nível étnico), o que é suficiente para tornar o assunto interessante, e fazer olhar para estatísticas. O que mostra uma clara preferência ou aptidão por futebolistas não tradicionais 'etnicamente' de França.Tiremos assim, por alto, 20 milhões de habitantes de outras etnias. Sobram 42.5 milhões de 'etnia' francesa. A que se deve a discrepância, na representatividade? Reafirmo, a mim não interessa a cor da pessoa, desde que seja bom jogador (no caso que se debate) e cumpra a lei a nível de naturalização, pode aceder à selecção. O cerne do meu post vai no sentido de tentar evidenciar algo análogo ao que Immanuel Wallerstein identifica quando fala dos sistemas mundiais e da atracção que os centros exercem sobre as periferias. E neste caso, o local de nascimento não invalida a minha premissa de que França (como a Alemanha) capta valor proveniente de outras paragens. Mesmo que nasçam em território francês. É um tema polémico e interessante.
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