Não baixar os braços

 

Não estávamos à espera de uma quebra de rendimento tão acentuada.

A gestão dos atletas tem sido deficiente, muito devido à falta de banco.

Alertamos para isso desde o início, e as contratações de Janeiro foram numa 'perspectiva de futuro' e não para equilibrar o plantel.

Claro que o SLB não ganha os jogos todos.

O desalento não se deve às derrotas em si, mas à forma como ocorreram. Primeiro contra os corruptos, depois contra os italianos.

O desalento vem porque foi claro que merecemos perder.

A equipa estoirou física e mentalmente.

A semana de férias dada, quebrou ritmo competitivo, precisamente porque teve de se gerir o esforço físico, dos mesmos 14-15 atletas que jogam sempre.

Espero estar completamente enganado, mas ou Schmidt está a mandar uma mensagem para o Departamento de Futebol, claramente expondo a falta de opções, com substituições a 2 minutos do fim, ou algo mudou nele desde que provou pela primeira vez pasteis de bacalhau.

Estive a rever o PSV-SLB onde nos defrontou, e fez substitui 3 jogadores aos 30 minutos, e 2 aos 89, num jogo, e 2 jogadores ao minuto 64, 1 jogador aos 71, e 2 jogadores ao minuto 89.

Tirando as substituições para queimar tempo, Roger não é treinador para grandes mexidas antes dos 60 minutos. Ele fica a ver se os jogadores estão a render, e só depois os troca, SE tiver banco.

É um treinador corajoso, pois assume claramente que é a sua opção, mete a cabeça no cepo, e não se esconde ou arranja desculpas.

Roger joga assim, e não tem planos B, como é costumeiro nos treinadores germânicos. 

O que JJ tinha a mais, tem este a menos, JJ inventava, este insiste. E não se adapta.

Para o modelo do gegenpressen funcionar, TEM de ter jogadores em redundância, que possam entrar, e manter rendimento, ou que possam compensar o baixo de forma de quem substituem.

Repito, a dupla Lourenço e Costa, fizeram um trabalho assinalável, reformulando a equipa, mas afogaram-se a 200 metros da praia.

Falou-se em Xeka, que acabou por não vir e ainda bem pois só tem 8 jogos em França.

Mas era necessário um jogador deste género, para jogos que exigem luta a meio-campo, e verticalidade.

Falou-se em Renato, mas infelizmente, está cheio de lesões este ano.

A estrutura deu claramente a justificação de que o que havia no mercado, exigia que não se gastasse dinheiro à toa, tendo em conta o que estava disponível. O resultado está à vista, o nosso melhor médio vai continuar na Champs ao serviço do Chelsea, e o Chiquinho só dá para os Aroucas desta vida.

Por muito que goste de Chiquinho, e gosto, não é jogador para ser titular do SLB, e até começo a duvidar se para integrar o plantel.

Estamos a brincar à alta competição. Estamos a brincar com o nome do SLB.

Quando vimos o Weigl bem longe, todos respirámos de alívio, mas comprova-se o que já aqui havíamos indicado, o meio campo precisava de fortíssimo investimento.

Aursnes, Florentino, Enzo, faziam um triunvirato para 2 posições, que dava margem de gestão ao treinador.

Os jogos ganham-se no meio-campo.

E saído Enzo, ficámos com 3 jogadores, em que creio que apenas um tem condições para ser titular, em forma, Aursnes.

Gosto muito de Florentino, mas um trinco tem de ser mais do que um bom recuperador de bolas, ou operador de vassouras, como a esposa dele gosta de anunciar nas redes sociais. Aliás, se os jogadores do SLB investissem tanto esforço em campo como nas redes sociais, estávamos a esta hora no Marquês todos a colar cartazes de 'Reservado'. Eu sei que estou a ser injusto, mas temos de acabar com a cultura de vedetismo no SLB.

Ah mas os jogadores têm vida social. Claro que têm, ninguém quer suprimir essa vida social. Especialmente nos tempos que correm. Mas devemos perguntar porque motivo um jogador de bola, ganha o que ganha, e se jogar no SLB é um emprego das 9 às 17.

Temos de formular um novo paradigma, um novo patamar de exigência, igual ou superior ao que fez do SLB o que ainda é hoje.

Temos de o fazer, nem que seja criando inimizades, dizendo ao sócio fofucho ao nosso lado, que nem está tudo bem por termos led's novas, nem está tudo mal quando os jogos correm mal, MAS A EQUIPA SE ESFORÇA.

Se é verdade que Schmidt não quis reforços, então é incompetente. E não serve.

Se a realidade é outra, então sabemos que o Princípe de Florença, apenas aprendeu os trejeitos do senhor do palheiro e deve seguir a sua vida fora do SLB.

O caso do Bayern de Munique é paradigmático. Bem gerido, levou uma derrota recentemente, mas vamos ver o que vão fazer a Manchester. Aposto que os adeptos deles têm mais esperança em passar do que nós, que fomos derrotados por uma equipa que não ganhava desde o início de Março.

O futebol europeu tornou-se muito físico, e a última equipa de anões foi o Barcelona, que conseguiu reunir e manter jogadores excepcionais na capacidade técnica e circulação da bola.

O aviário do Seixal, vai produzindo bons jogadores, mas Schmidt não confiou em Paulo Bernardo, João Neves, Cher, etc. 

Eles estão no banco, mas não confia neles o suficiente para os meter a partir dos 60 minutos.

Temos de ter equipas mais aguerridas, sócios mais militantes, e direcções mais competentes.

Temos de encarar de frente a imprensa e os corruptos, lá de cima e os da 2a circular.

Manter a matriz Benfiquista, sem o novo riquismo que se exprime numa inclusiva baixa exigência.

Temos de extirpar o wokismo do SLB.

Ou habituarmo-nos aos resultados como os de ontem.

Prova disso é que muitos 'benfiquistas' acham que o que fizemos frente à Juventus e frente ao PSG, foi algo de extraordinário. O SLB é um dos maiores clubes do mundo, não o apequenem se faz favor.

Deve ser natural o SLB ganhar contra quem for, mesmo os chamados 'tubarões'.

Estamos sempre mais próximos disso se e somente se, cada equipa tiver uma mentalidade de superação e de dar tudo em campo.

É tempo de apoiar, unir fileiras, mas também começar a pensar nuns estados gerais do BENFICA. Enquanto ainda é dos sócios e adeptos.