O problema de quando estamos a ganhar

 

A malta fica chateada porque os nossos jogadores têm pouca intensidade.

Tal como o apoio dos adeptos na Luz, que só se verifica quando a equipa está a ganhar, ou na encenação cénica inicial, que é filmada para meter no Instagram.

Mas as nossas críticas também só surgem quando temos os ditos apertados, quando podemos, em caso de mais uma derrota, ficar a um ponto do clube previamente condenado por corrupção desportiva.

Quando vamos a 10, 14 pontos, somos os maiores, vamos ser campeões europeus, raios, ainda bem que não existe campeonato intergaláctico, porque senão ganhávamos aos marcianos, e aqueles gajos têm 3 pernas.

Nessas diferenças pontuais, os corruptos continuam a roubar, a desvirtuar os resultados desportivos em todas as modalidades, pois é um imprint do presidente deles, e também decorre da ideia de lutar contra um centralismo, com todos os meios, mesmo que esse centralismo seja tão real como um unicórnio com escamas.

Eles, e a filial deles em Alvalade.

Quando vamos isolados à frente, olhamos com sobranceria para os roubos contínuos nos jogos deles, as penalidades a pedido e por favor, as dualidades de critérios, as encomendas.

A maioria continua a ver a desvirtuação, mas como não parece nos afectar, nada dizemos, afinal vamos à frente.

Pois é nessas alturas que deveríamos falar mais.

Para exigir sine qua non, uma reformulação do frutabol, e a expulsão desta malta pouco recomendável que o habita. Mas não, entramos no elevador da cagança, tecemos loas ao capataz Rui Costa, que isto em equipa que vai ganhando não se mexe.

Qualquer critíca justa que façamos agora, vai ser desviada pelo argumento de que estamos a berrar porque estamos com apenas 4 pontos de diferença.

Neste e noutros blogues, há uns 3 meses, choviam acusações de sermos oposição interna, de nada percebermos de futebol moderno, de sermos divisionistas. Quando na realidade, apenas não temos falta de memória.

Eu lembro-me bem, dos anos 90. E estou completamente farto da inabilidade dos benfiquistas em arranjarem uma direcção Benfiquista e à séria. Que faça frente e que não tenha medo de dizer os nomes das coisas.

Que exija igualdade de competição.

Fomos inundados por direcções de copos de leite, que acham que ser responsável é ser manso. Assumem o papel passivo que os corruptos distribuem.

Os benfiquistas, ou uma pequena percentagem votante deles, têm eleito fraca qualidade de gente, até porque pouco melhor se assume como alternativa.

Há uma crença ingénua em muito Benfiquista, segundo a qual, quando o senhor de Vigo se arredar dos destinos corruptos da sua agremiação, a mesma retornará à alva virgindade dos valores desportivos, como se o problema de fecepe fosse apenas a presença o presidente mais titulado da sua história.

A sério? A sério que a formatação da massa adepta ao longo de 4 décadas, permite essa leitura? Só para ingénuos.

Sem o senhor de Vigo, o modus operandi vai continuar, não nos iludamos.

A longevidade da direcção anterior, decorreu exclusivamente da capacidade de gestão do senhor do palheiro, do resultadismo da maior parte dos adeptos, isto é, da postura em que pingando umas vitórias, a malta não critica, apoia incondicionalmente.

EU NÃO APOIO INCONDICIONALMENTE. 

EU SÓ APOIO QUEM FAZ O BENFICA GANHAR! QUEM O DEFENDE E QUEM NÃO DORME COM O INIMIGO!

É isto resultadismo? Não. Porque o resultadismo é acéfalo, e ganhar, no SLB, é ganhar com elevação e sustentadamente, não é ganhar com injecções absurdas de capital de um banco que viria a ser nacionalizado.

É necessária uma outra militância, pois os mesmos do costume, a encoberto do senhor do palheiro, voltaram a minar a seu favor, o futebol e o desporto.

Temos de refundar essa militância, e explicar aos adeptos de Instagram, que o SLB é mais que um clube de futebol.

E de uma vez por todas enfrentar as estruturas que controlam a comunicação social, os tribunais acima do Mondego, e as autoridades na bela cidade do Porto.

Estamos obrigados a ganhar hoje, onde é de esperar que a Águia voe alto.

FORÇA BENFICA!